quinta-feira, 4 de novembro de 2010

de volta

De todas as coisas que sempre tento dizer, ou penso, palavras que saem falhas, carregadas de sentidos estranhos.Sinto-me sempre tão presa ao imaginar alheio, julgamentos pesados, ousadias covardes.
Tenho escrito em pensamento, deixando lá, guardadinho no canto empoeirado... o que é necessário, não esqueço, o que esqueço, não me dói. Tenho ditado discursos pro meu coração, ele ouve calado, e ás vezes, bem ás vezes, responde com um aquecer o corpo, assentindo.Todas as minhas folhas amarelam guardadas, canetas secando, olhos tão molhados. Palavras não ditas que se acumulam, fogem pelos meus olhares em dias mais cinzas. Hoje elas fizeram greve... senti mesmo falta delas. Restou-me tentar conter as mais rebeldes, presas aqui. Um lamento pequeno diante de uma multidão tão grande de saudades.