segunda-feira, 29 de abril de 2013

Eu já estive diante de todo o mal que pude suportar. Então não tenho medo de mais nada. Ontem apenas meus olhos foram furados e dilacerados pela gana de ser feliz, aquele que me segue, não se perdeu, e não pode entender a minha desorientação. Na minha mente, imaginando o que vou ouvir, eu estive diante dos erros cometidos, e pela minha fé inabalável, eu quis ser suficiente e merecedora da mão que me acolhia, eu quis que fossem limpas e puras, que não me soltassem, e enquanto havia força, escolhia indubitavelmente acreditar. Eu estive diante de falhas que me perdoei generosamente, e aqueles (poucos) que ouviram meus desabafos, não poderiam saber dos motivos que me cativaram à apostar minhas fichas numa mudança, mas agora sou outra pessoa e eu preciso dar o meu melhor, mesmo se a troca nunca acontecer. 
Estou saindo ilesa dessa gaiola de 'poréns', e aqueles que já não me aliviam, e que não acreditam na minha mudança, são males que não vieram para o bem. Sal grosso, arruda... vou me benzer.


sexta-feira, 26 de abril de 2013

I need release

E então, a gente passa uma noite inteira chorando e percebe que o motivo pra isso nem existe mais. É meio que um vício nessa coisa de sofrer, de embebedar as causas perdidas. E surge uma amnésia alcoólica que faz as músicas depressivas ganharem magicamente mais sentido, e a gente pode criticar os filmes de amor sem peso na consciência. Depois que acordar sentindo aquela ressaca emocional, nem vai se dar conta que bebeu tudo aquilo sozinha, ninguém disse: "vc vai se ferrar na vida" - a gente gosta de inventar cada dor viu?
É que ser feliz assusta.


sábado, 20 de abril de 2013

Ontem, votando do trabalho, da janela do carro, fiquei olhando o céu. Muito piegas isso, mas fiquei. E me lembrei de  você. De quando te conheci... É aquele tempo agradável sabe? Quando a brisa fica gelada, e mesmo se você deitar embaixo do sol, só esquenta de leve, uma sensação bem gostosa. É praticamente um 'abraço da tarde' em você. Então, dá aquele arrepio de frio, mesmo embaixo do sol, e enxergamos tudo meio azul, bem fraquinho, porque a claridade insiste em fazer os olhos fecharem, é um aviso para descansar o corpo, a mente, e a alma. Pensei no nosso domingo, pensei mesmo, assim do nada. Pensei na nossa preguiça, na vontade de não levantar e ficarmos ali, só conversando, estirados no nosso tédio incompreendido. Lembrei de como eu queria ficar o dia todo sem planos, te olhando, e te beijando vendo seus olhos fechados, porque não basta namorar, tem que ser brega ao extremo, tem que fazer contato físico peculiar. Me deu uma saudade, da brisa gelada, da claridade e das tuas costas dos seus antebraços, que eu sempre puxo (às vezes de leve, às vezes não) quando estão em volta de mim. Acho que isso tudo é pra te dizer que eu tô aqui, sofrendo por antecipação. Parece drama, afinal, o que são 30 dias? O que são 720 Horas? O que são 43.200 Minutos? O que são 2 milhões e 592 mil segundos? Isso é só meu mundo parando, meu mundo sendo levado numa bagagem e por alguns instantes, em estado de criogenia. Não tô desmerecendo sua agonia, mas... meu querido, pra quem vai é sempre pior. E eu sou adepta à ter um vício pra dramatizar que vc conhece bem hahaha.., até a Televisa invejaria meu drama,mas, que culpa eu tenho, se o que eu mais sei fazer na vida é sentir saudade?





domingo, 14 de abril de 2013

Depois de tantas buscas, encontros, desencontros, acho que a minha mais sincera intenção é me sentir confortável, o máximo que eu puder, estando na minha própria pele. É me sentir confortável, mesmo acessando, vez ou outra, lugares da memória que eu adoraria que fossem inacessíveis, tristezas que não cicatrizaram, padrões que eu ainda não soube transformar, embora continue me empenhando para conseguir.