terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

É madrugada e eu estou pensando em você. De novo. É madrugada e eu não aproveitei meu dia porque passei o dia viajando. Calculei os milímetros de cada passo que dei e ao fim cansada eu deveria dormir mas não consigo. Sorriso frio que me aquece. Sempre que passa da meia noite eu sofro uma transformação melancólica. Continuo com minhas baladas bregas (tv, series,livros) e textos dramáticos e adivinhe só? Escrevo sobre você. Ou deveria te contar que é a primeira vez que escrevo algo realmente verdadeiro sobre o que eu sinto? Não sei, é arriscado. 
O amor é um risco. Se entregar é perigoso. Mesmo a você, com suas palavras que encantam e seu intelecto que atrai. Vejo beleza até nisso em você. Sempre gostei do tal sadomasoquismo intelectual. Gosto de receber elogios por, de fato, merecê-los. Engraçado que os arrancava de você por hobby e com uma certa facilidade. Gosto de ouvir você dizer que sou linda e de te convencer a gostar do meu gosto nada eclético musical. Gosto de mostrar meu bom humor, minha ironia e bancar a criança pidona quando quero ouvir você dizer algo que pensa. Amores impossíveis me fascinam. O desejo de tornar coisas erradas em possíveis acertos é o suficiente.
A madrugada me coloca em uma constante guerra interna. É cansativo, entende? Uma luta de sentimentos que não acaba e as incertezas ocupam um lugar em minha mente. E por mais que eu tente, talvez eu nunca entenda porque você está tão fixado em mim. Nem porque você mexe tanto comigo e com a minha estrutura emocional. É vontade demais, loucura demais, errado demais. E de demais em demais. Então eu percebo que sinais positivos nem sempre se enquadram numa conta de mais. Durmo depois de decidir esquecer, e adivinhe só quem veio me visitar em sonhos? É, eu continuo fugindo. Em círculos.