sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Finalmente!

E esta uma manhã tão linda e ensolarada que me motivou a chutar o balde. O sol, de vez em quando, tem essa mania boba de recarregar minhas energias e me libertar da negatividade que insiste em me acompanhar. Gastei todo o meu ódio e dei meu melhor grito de liberdade quando derramei a água velha, suja e que fazia parte de mim há tanto tempo, que eu já não sabia identificar se era pele, carne ou lodo. Vesti minha roupa preferida e uma sobreposição de inocência. Cansa bancar o soldado o tempo todo. Uma hora você deixa as armas de combate de lado, dá um sorriso que transborda ingenuidade e diz: "e agora?".
Por ora, parei de esperar e seguir meu script. Descobri que planejar demais não é o mesmo que realizar todos os seus planos e bater todas as suas metas. E a vida tem uma mania estranha de nos surpreender. Ela te dá o que quer, quando menos se espera. É quando você se pega com um sorriso no rosto e um surto de amnésia que não te deixa lembrar do quanto você já chorou. Ela te mostra que enquanto você quiser muito algo, vai haver uma distância razovável entre você e o seu objetivo. Isso tudo é aquilo que dizem sobre estar distraído o suficiente pra receber o que merece. Esperar demais cansa. E o cansaço te faz aceitar qualquer migalha.
Parei de desejar que fosse doce tudo o que me envolve. Comecei a desejar o amargo, o azedo ou qualquer coisa que saísse do maldito gosto que engorda as borboletas no estômago. Desejei o que de pior pudesse existir, porque de doce em doce, a única coisa que tem sobrado é meu enjoo de tudo. E dessa vez, só dessa vez, eu preciso ver que nem tudo dá tão errado assim e que ainda há esperança. Cansei da ânsia de vômito que o mundo me causa enquanto absorvo a doçura alheia. Hoje eu sei que não basta remar, re-amar e amar, tem que continuar. Sem se cansar, sem desistir, sem "mas...". E de repente, você se pega não mais desejando, nem esperando. Apenas continuando. Eu tenho um plano: não fazer mais plano algum.