No meio da minha respiração fraca eu encontrei um pouco de força. Sempre mantive pesos amarrados aos meus pés para que não flutuasse enquanto brincava de ser menina-mulher. Isso não é uma novidade, não pra você. Não pra quem me conhece. Cansa assistir de camarote quedas que não permitem restar nada de sonhos antigos. Dissolvi em água morna todo o pó que sobrou das minhas fantasias impagáveis pra combinar com a sua temperatura.
Entre calor e frio, você fez a pior escolha: o equilíbrio. Odeio pessoas mornas. Odeio quem não sabe decidir se quer morrer de amor ou matar de indiferença. Odeio ocupar um lugar que não me pertence e sorrir como se fizesse parte de um cenário que não se encaixa em mim. É 8 ou 80, amor ou ódio, fica ou vai embora. Odeio perder tempo, quero hoje, aqui, agora. Odeio mais ainda pessoas que perdem ocasiões, coisas e pessoas especiais pelo medo estúpido de perder.