As vezes me sinto uma perdida que mal entende o que vê. Tem gente que é tão forte, e insiste em mim. Quando eu digo "lidar comigo é um exercício constante" algumas pessoas riem. Meus caros, se eu tivesse vocabulário para explicar, teria mais volumes que qualquer livraria, e menos sentido que Friedrich Nietzsche, e olha que eu tento. Tento mesmo. Ser menos relapsa, ver o lado bom de chorar, segurar a mão, e admitir - sou menor do que supunha ser. E é tão mais fácil repetir " não é nada, não é nada", e quando o meu mantra se resumir em omissão, estarei sem companhia. E isso, meu bem, não combina comigo. Eu sou do tipo que gosta que adivinhem, que gosta que se resolvam comigo, eu sou do tipo bem cretina, que acha que o mundo deveria compreender meu adorável silêncio. Ah o meu silencio, como é barulhento . E isso, meu bem, não combina com você. Sabe, não é que eu me empenhe em te maltratar, mas acontece que a gente não acorda, toma um gole de café forte e simplesmente muda de opinião. É um processo, hoje sou amena, uma conotação de conhecimento, mas não quero estabelecer quem sou, não quero definir esse meu "EU" , que já foram milhares de " EU's, no passar dos anos. E não sendo o suficiente, de tudo que me perturba, o que realmente dói é não ser nada parecida com suas projeções. E tem gente que é tão louca, mas tão doida, que insiste em mim.