terça-feira, 29 de janeiro de 2019

A Lei universal que rege os desencontros e os infortúnios, mais conhecido como : " não era pra ser".
Um belo dia a gente olha pra trás e já não se importa mais com aquelas coisas que pareciam gigantes invencíveis. A lembrança do tempo que ficamos trancafiados na ilusão, sem querer trocar o disco , esmaece. Aquilo era tudo uma bobagem. Na maior parte do tempo é essa a impressão que eu tenho quando ocorre um flashback dessas cenas desimportantes. Quase não acredito que perdi meu tempo  e gastei energia com coisas e pessoas passageiras. Não se trata de desmerecer o momento nem ninguém. Acontece que certas coisas têm prazo de validade. Eram só para aquele instante. Não iam encaixar na vida. Eram perfeitas apenas para o momento. E só. A culpa é de quem? De ninguém. A gente tem mania de projetar os próximos passos como se tivesse controle de tudo. Não temos, isso é só ilusão. Podemos então descartar o que não cabe mais no peito nem na vida, afinal quantas vezes fizemos tudo certo e no final deu tudo errado? Algumas né.. Bate uma puta raiva na hora, mas depois aceitamos que foi como deveria ter sido. Era o que tinha pra acontecer naquele momento. Isso não é sobre destino, acaso ou qualquer teoria mirabolante. Apenas foi. Nós temos problemas com respostas não conclusivas. Queremos todos os motivos esclarecidos como numa autópsia. Não era pra ser , simples. Quando compreendermos isso deixamos de seguir coisas por pura teimosia e recebemos as dádivas que merecemos.


segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

“Conhecer-se é morrer.”

A alguns meses, em um momento de angústia pessoal que não vale a pena ser dito aqui, resolvi que iria me reinventar. Isso resultou em um exercício praticamente matemático: meu nome, lista de palavras que se relacionavam comigo, ou com o que eu penso de alguma forma. Músicas e pessoas das quais escolhi para conviver, pois nossa personalidade afugenta ou atrai muitas pessoas diferentes. Por fim, uma pessoa que não vem ao caso, me emprestou o Livro Um, nenhum e cem mil, do Luigi Pirandello.

Mesmo relutante em escrever sobre as coisas que tenham realmente acontecido comigo, com receio de que isso vire um diário, o que não é difícil para alguém que faz esse exercício absurdo de decomposição pessoal. Embora todo mundo saiba que a objetividade é um unicórnio e que, portanto, não existe qualquer coisa que eu escreva aqui que não diga também algo sobre mim. Não dá para viver no outro extremo da subjetividade.  E por isso o Pirandello foi uma espécie de "tapa na cara".

Essa tal decomposição que mencionei de início, se trata de admitir que não importa o que se deixa ver. Isto é, a identidade não é uma construção puramente psíquica, algo que se dá unicamente na mente do indivíduo, mas tem a ver com os sinais que se percebem da pessoa. Isto não significa preocupar-se com como os outros nos percebem: adotar esta postura seria passar a ver o mundo como espelho. E lendo esse livro maldito (que eu já amo e odeio ao mesmo tempo) percebi que o autor se coloca justamente contra esta ideia, quando afirma que capturar-se, tentar plasmar uma imagem de si, é a própria morte. “Conhecer-se é morrer.” Não se pode viver diante de um espelho. Porque, de qualquer modo, jamais conseguirá se conhecer pelos olhos dos outros. Sendo assim, de que vale conhecer-se só para si?

E engolindo seco, percebi que, não somos nós se não indivíduos que temos a identidade forjada em sociedade. Aliás, passar a enxergar cada um de seus múltiplos uma possibilidade de si e, desta forma, se expandir desafixa sua imagem. Neste sentido, vai de fato contra a noção de uma identidade única e estática. É interessante notar que nosso eu não é particionado, mas múltiplo. E os múltiplos são as possibilidades.


segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Eu tenho pensado muito em você. E me apaixono mais a cada dia, me perco no tempo só pensando no seu rosto. Só Deus sabe porque demorei tanto pra deixar de lado minhas dúvidas e agora você é o único que eu quero.
Não sei porque estou assustada, pois já estive aqui antes. Cada sentimento, cada palavra já imaginei tudo. Você nunca vai saber se nunca tentar, esquecer seu passado e simplesmente ser meu. Será que um dia vou saber como é te abraçar forte e te ouvir dizer que pra onde eu for você vai.
Te desafio me deixar ser sua, primeira e única. Prometo que sou digna de estar nos seus braços.  Então, vamos lá e me dê a chance de provar que sou a única que pode percorrer com você o caminho até que o fim comece.