domingo, 31 de março de 2013

Eu tenho pressa...

Aquela urgência de me jogar, de estar aqui sem saber das razões, de ser algo além de limites, de não explicar o que se passa no exterior, de ser interior sem medo, de não saber a hora de parar, de temer sem hesitar, de sofrer danos sem arrependimentos, de cicatrizar aprendendo, aquela urgência, sabe? Quase que dilacerante, de viver...


 "A vida é agora, aprende."  Caio F.Abreu

domingo, 24 de março de 2013

Se eu pudesse te resumir...

O nosso tempo sempre foi insuficiente, era eu olhar para você que as coisas fugiam das sutilezas e aceleravam sem cerimônia, tudo ganhava um motivo para existir, sabe? Muitas das vezes que te encontro sofro por antecipação, sofro pelo tempo que não dura, que não consegue satisfazer os nossos assuntos, sofro pela simplicidade da palavra 'tchau'. Ontem eu mal compreendi a sua ousadia em acalmar meu sono, beijando os traços do meu rosto, ecoando palavras que me entregaram ao sadismo de tentar, ao menos por um minuto, ser mais do que feliz. Descansei meu corpo, e meus olhos, e minha voz, e meus medos. Eu quis dizer o pouco que você merecia ouvir, tentei te resumir, mas não pude. Não coube na palavra amor.


quinta-feira, 21 de março de 2013

Tem dias que a gente só agradece. Não pede. Não reclama. Não lamenta. Agradece. Acorda pra vida, bem assim, abre os olhos, levanta, espreguiça as memórias ruins, e olha só pra frente. Enxerga melhor, dorme melhor, come melhor. Se encanta com coisas simples, e por alguns momentos, até se contenta. Busca força 'sabe-se-lá-de-onde' pra agarrar cada momento, pra trazer aos dias difíceis, uma cura. Agradece o passado, e toda a sua relevância, agradece o presente e toda a sua convivência, e agradece o futuro que não pertence à nós, mas que existe nessa vontade -quase que exausta- de seguir em frente. Se não acontecer como nas promessas, agradecemos os erros, e toda a sua resistência. Somos fortes agora, e estamos inteiros. 


...e eu só agradeço.

quarta-feira, 20 de março de 2013

E cresce aqui dentro uma falta de tudo que submergiu à sete palmos do coração; é aquela pessoa que nunca mais irá falar com você, aquele pai que não dará nenhum conselho, aquele irmão que não irá sorrir de volta. E quando chega o tal futuro, bem mal resolvido - para ser mais franca do que trágica - traz à tiracolo uma artrose fudida, no estilo 'as doloridas cartas antigas', que por tantos anos evitamos relembrar. No fim, o peso desse passado, a gente carrega numa simples fotografia, onde os olhos denunciam uma saudade latente e quase, bem quase que me convence, que é pra frente que se anda ama.


terça-feira, 19 de março de 2013

Se fosse fácil, não seria tão feliz...

Se fosse fácil, acredite, eu não apostaria todas as fichas. Eu tenho disso, de ser tudo ou nada. Ou como costumo dizer "oito ou oitenta". E se nada me sobra, tudo me dói. Encontrei nesse seu ombro, o meu abrigo. Pra chorar as pitangas, pra dormir desajeitada, pra ver filme feliz. De repente eu estava jogada no sofá da sua casa, como se não conhecesse outro lugar para estar, e ter você me olhando de canto, sorrindo, e reparando na minha folga, me pareceu algo tão natural, coisa da gente, sabe? Me disseram que o amor é bom, mas esqueceram de me contar que o amor te deixa desnorteada, que faz você  acordar no meio da noite só porque acha ele tão bonito dormindo, que pensará em ligar nos momentos mais ridículos, só porque ouviu 'aquela' música no rádio. Que vai mudar o dia da folga, só porque ele vai estar livre e já demonstrou que merece. A primeira vez que eu te vi, te percebi. Tem gente que conhecemos, contamos a nossa cor favorita e já é suficiente para ter empatia. Com você foi além, eu quis mostrar minhas músicas favoritas, eu quis te contar tudo o que eu sabia, eu quis que você gostasse muito, muito de mim, que me achasse uma incrível companhia, que você me conhecesse bem e de antemão já perdoasse as crises que eu planejava ter. E acredite em mim, eu soube no dia em que você me disse "oi", que seria complicado, e deve ser por isso que estamos até hoje aqui. Se fosse fácil, não seria tão feliz...


 

Then I kissed you

Sim, eu falaria das coisas que formam seu ser, tão amado por mim. Eu contaria tantas histórias de como a gente se reconheceu nessa vida, tantas versões para o mesmo destino, tantas estradas para o mesmo caminho, tantas as vezes seguindo tuas pegadas, tantas as vezes me guiando na tua loucura, dezenas as vezes perdida em suas conversas, encontrando a mim mesma em tuas teorias engraçadas e as vezes sádicas rs. E quantas pessoas cruzaram nosso caminho, eu contaria nos dedos o tempo que teimou acontecer, e enfim veio. 
Passo por onde nasceram nossas memórias, e me engano quando penso que nada cresceu, que somos pequenos, que não mudamos. Tem vezes que acho o amor difuso. Me sinto triste, queria saber falar de nós, saber contar de mim, poder te merecer. Não sei se choro ou comemoro, se é azar ou sorte, se estou reduzindo a vida encontrando a tal felicidade aos vinte e poucos anos. Não sei se é medo, se é egoísmo, ou uma ideia ilusória de ser feliz. Só sei que sim. Eu aceito.


segunda-feira, 18 de março de 2013

Time

O tempo passa com uma rapidez absurda e deixa todos os tipos de marcas em nós. Uma linha de expressão ao redor dos olhos pode parecer “o fim” em um primeiro momento, mas sei que nela estão contidas histórias que um livro todo não poderia contar. O tempo muda nosso corpo, nosso rosto, nosso jeito de ver a vida. E no final das contas nada disso importa.


Vou recorrer a tudo que for preciso pra me livrar daquilo que não é preciso. Agora só me cabe o que for exato, fato!

sexta-feira, 15 de março de 2013


Existe um tempo em nossas vidas onde o futuro precisa ser resolvido, porque o passado anda muito presente, e a gente lamenta enquanto envelhece. Se fossemos viver de souvenir seríamos uma mágoa pedante, porque tudo o que muda na vida, dá aquela dorzinha no peito, vontade de ter de novo, de fazer diferente, e ser uma pessoa novinha em folha, cheia de atitudes nobres - "pra desta vez, acertar". Dá vontade de rebobinar a vida, de ser mais jovem, ser mais ouvinte, ser um tanto quanto melhor. Só que até seus ossos doerem, ninguém entende efetivamente o que seria a nostalgia. 



terça-feira, 12 de março de 2013

 "Tem sempre aquela pessoa, uma só, que tem tipo um passe-livre, uma carta branca na sua vida. Que vai ir, voltar, ir de novo e nunca vai parar de ser o que é pra você. Alguém pelo qual você nunca vai conseguir deixar de ter sentimentos. Todo mundo tem essa pessoa."[V. Kretek]


segunda-feira, 11 de março de 2013

Normais?


Embora sejamos loucos, algo nos uniu nesse tempo determinado, o amor. Pois é, nos agarramos na bainha desse sentimento, que com as pessoas normais, um dia se vai, acaba, enjoa, transfigura-se. E nós? Somos heróis, e sobrevivemos e aqui estamos novamente.  
Me questiono, por que justo eu? Por que eu, pequena e insignificante, te completaria? Poderia na distante e gelada Groenlândia existir quem combine mais com você? rs .. (Dramática). Poderia em qualquer outro lugar, com qualquer outra pessoa , te contrariar nesse sentimento convicto de nós? E eu, restaria perplexa, cheia de perguntas e lacunas que não caberiam à mim. Ou então, se pelas viagens da vida, eu conhecesse um mexicano, que cantarolasse Guadalajara, e me oferecesse tequila, e lá, na rabeira de 7 bilhões de pessoas ele fosse então, o cara certo?rs. .. (dramatizando de novo). Suponho porém, que dentro da minha história eu não irei conhece-lo, e nem vc vai conhece-la e nem queremos.  
E então, não é um tanto assustador a gente se convencer que somos parte de uma relação única e pré-destinada? Pois bem, enquanto as pessoas normais seguem seus rumos, o mundo gira em torno dos nossos umbigos loucos e apaixonados. 


quinta-feira, 7 de março de 2013

"Não  adianta me procurar nas evidências. Nem nas coisas fáceis. Sou tão mais intensa. Me escondo na minha falta de delicadeza,  no excesso da sutileza e atrás de um coração teimoso e confuso. Eu só existo na alma sensível, de uma mulher que você provavelmente ainda não viu. "[Graziela Pereira]


segunda-feira, 4 de março de 2013

Perfect


"Meu  amor, enquanto nos separa um espaço, estou convencido de que o tempo é para o meu amor como o sol e a chuva são para uma planta: fazem crescer. Basta você ir, meu amor por você apresenta-se a mim como ele realmente é: gigantesco; e nele se concentra toda minha energia espiritual e toda a força dos meus sentidos …. Você vai sorrir, meu amor, e te perguntarás por que eu caí na retórica. Mas se eu pudesse pressionar contra o meu coração o seu, puro e delicado, guardaria em silêncio e não deixaria escapar nem uma só palavra.”


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O intelectual alemão karl Max escreveu cartas à mulher que viria a ser sua esposa e mãe de seus filhos, Jenny von Westphalen, filha de um barão da Prússia. Os dois se conheceram ainda na universidade e, para driblar a proibição familiar de namorar, mantiveram durante anos uma relação de amor por meio de cartas. Esta é uma delas.

CMK


PS: nothing to say, just listen.
PS2: I'm serious when I say I want you forever