sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Direções opostas

Ontem eu tive um sentimento estranho. Algo que se assemelhava a dor, felicidade, medo ou todos esses sentimentos misturados, não sei. Ontem eu me senti leve, pesada, rápida e devagar. Caminhei lentamente por entre pensamentos reais e uma realidade imaginária. Por onde estive? Ontem conversei sozinha e respondi minhas próprias perguntas, ri alto e chorei baixinho. Onde está a porcaria do equilíbrio necessário para uma vida tranquila? Eu preciso de respostas constantemente e a vida só me entrega novos formulários. Eu não sei responder nada. Ou talvez eu até saiba. Talvez eu finja que sei para não mostrar meu medo de pisar em falso e cair. É esse medo de errar nas pequenas escolhas e causar danos irreparáveis que me faz parar no nada e ter medo do tudo.
Ontem eu pensei no anteontem e nos sentimentos que eu não compreendo. Nos sentimentos que eu gostaria de saber descrever para talvez, quem sabe, entende-los melhor. Ontem eu quis que você estivesse aqui. Ontem eu percebi que estamos traçando caminhos opostos e que nada posso fazer pra mudar. Ontem eu quis te tirar da  minha cabeça, mas como fazer isso se toda vez que fecho meus olhos é seu rosto que eu vejo.