segunda-feira, 25 de abril de 2011

Poema bipolar?

"Um poema transtornado
Afetivamente bipolar
Às vezes maníaco,
Outras deprimido
Mas poema...
Seria eu um santo?
Há um halo sobre minha cabeça...
Haloperidol. Ou estaria psicótico?
E cá estou, meio ácido,
perdido na minha agressividade...Valpróico.
Prosaico...
Perdendo e ganhando a cada dia,
Fluoxetina. A vida flui,
Flui o que se tinha, flui o que se perdeu...
Lítio. Li... Leio, ainda. Li, em algum lugar,
Que Freud teria dito que no futuro
A química resolveria tudo...
E em outro lugar, não lembro,
Ser tudo placebo, e a crença a cura...
Se "o poeta é um fingidor
Que finge não ser sua
A dor que deveras sente" (seria isso?)
Quisera eu, demente, fingir não ser tudo verdade...
Mas se confessei os nomes, os crimes,
Ainda não cheguei na dose certa
Onde a mente se equilibra
E a incógnita que somos desperta...
(Estou enlouquecendo à velocidade do pensamento...)"