terça-feira, 15 de julho de 2014

O amor

O amor não nos cansa porque é difícil aceitar um fim precoce, e então lutamos. Ele não nos deixa exaustos porque nada paga uma companhia agradável e amada, então convivemos. E quando acaba, a gente esgota as possibilidades para ver se no final de tudo algo renasce. Algumas vezes saímos ilesos,outras machucados demais para recomeçar. E num belo dia, acordamos e seguimos em frente. Algumas vezes a passos largos, em outras com uma dificuldade absurda de caminhar, mas seguimos. Acontece que sempre haverá um amanhã, um outro drink e uma outra pessoa. O amor é aquilo que te faz sofrer, mas não te deixa desistir de tentar de novo. Te faz olhar para trás e pensar: cara, eu amava muito aquele babaca. Como eu pude fazer aquilo por ele? Tanta coisa dita e tantas outras feitas. Não medimos as consequências. Não nos importamos se os outros estão olhando ou o que vão pensar. O amor é o ridículo da vida. E não importa quantas vezes eu caia e me machuque: sempre estarei disposta a me vestir de palhaça e encarar esse picadeiro tão intenso e lindo mais uma vez.Sabe porque? .... Algumas pessoas valem a pena!

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Let´s Play a Song

"Então, então você acha que consegue distinguir o paraíso do Inferno, Céus azuis da dor. Você consegue distinguir um campo verde de um frio trilho de aço? Um sorriso de um véu? Você acha que consegue distinguir? Fizeram você trocar seus heróis por fantasmas? Cinzas quentes por árvores? Ar quente por uma brisa fria? Conforto frio pra variar? Você trocou uma pequena participação na guerra por um papel principal numa cela. Como eu queria...Como eu queria que você estivesse aqui. Somos apenas duas almas perdidas, nadando num aquário ano após ano correndo sobre o mesmo velho chão. O que encontramos? Os mesmos velhos medos. Queria que você estivesse aqui." Pink Floyd - Wish You Were Here

terça-feira, 17 de junho de 2014

Pode dizer... diz pra eles que ela é de riso, abrigo mas também de drama e 'tô de mal'. Diz que ela é de estragos durante abalos sísmicos mas sabe ser arco-íris depois do temporal. Avisa que ela é de gênio forte, voz, vez e opinião, mas que esconde um coração sensível que não resiste a pessoas que sabem conquistar sua alma. Diz pra eles que ela é pra poucos, loucos, imperfeitos mas bons.
Conta que um escrito, até mesmo um SMS, é capaz de transformar seu humor, que aparência não lhe apetece mais que essência,que surpresa, mãos dadas e paparicos são seus pontos fracos e que ela é mal acostumada com coisinhas que benditos filmes lhe fizeram acreditar. Diz que ela tem mais medo de atravessar rua do que pagar pra ver os resultados incertos de seus desafios. E não esquece de contar que por trás da pouca maquiagem e muita ironia, ela é, sobretudo, realidade querendo virar sonho!


terça-feira, 27 de maio de 2014

I am

O meu mundo não é como o dos outros, quero demais, exijo demais; há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que nem eu mesma compreendo, pois estou longe de ser uma pessoa; sou antes uma exaltada, com uma alma densa, violenta, atormentada, uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudade… sei lá de quê!


sábado, 10 de maio de 2014

Saudade? Não


Não sei de quantas saudades sou feita, mas me dou à chance de carregar esse carma estável, essa dependência amorosa a serviço do amor pirateado, impositivo e incompatível. Foi embora, deixou lembranças e para não morrer, deixou a saudade também. É a vida, eu sei. Sei, mas não concordo. Como pode a saudade fazer tanto estrago? E se a saudade é a lei da vida explicando que alguma coisa precisa ficar no oco deixado para superar o enigma da ausência eu rejeito. Não boto fé naquilo feito pra machucar, portanto até onde conheço a saudade não tem credibilidade.

                           


segunda-feira, 28 de abril de 2014

In-diferença ?

Eu tenho sonhos, tenho arrependimentos. Eu tenho amores impossíveis e não suporto estar errada. Eu tenho vontade de crescer, e ao mesmo tempo, não deixar de ser criança. Tenho plena certeza de que as pessoas que falam dos outros para mim, vão falar de mim para os outros. Odeio estar sozinha. Sou teimosa. Acredito que o mundo pode mudar se todos fizerem a sua parte. Eu me perco nos meus pensamentos e conto meus segredos ao vento quando ninguém está olhando. Sou viciada em músicas, em textos, em histórias do cotidiano, daquelas que podem acontecer comigo ou com você. Eu tenho medo de certas responsabilidades, mas às busco como forma de amadurecimento. Eu odeio tirar foto. Sou orgulhosa, às vezes? Eu choro de dor, de solidão, de tristeza.. Mas tudo isso faz parte do ser humano. Confio demais nas pessoas erradas e involuntariamente não dou o valor que as certas merecem. Eu falo com o computador. Ele já foi meu parceiro em meio de algumas lágrimas. Eu sou imprevisível. Tenho o péssimo hábito de olhar para as coisas com olhos velhos [...] ' Eu escrevo para dizer o que eu penso, porque assim eu não obrigo ninguém a escutar. A pessoa lê se tiver vontade. Eu não estou aqui para agradar ninguém, é sério. Eu tenho um breve sentimento de vigança de vez em quando, mesmo sabendo que é errado. Mas o pior é que em certas situações, a gente só sabe que é errado, provando do próprio erro. Eu salvo uma amiga do que quer que seja, mesmo que seja de uma formiga. Eu sou muito valente. Eu sigo o meu coração não importa para onde ele vá. Cultivo os amigos e não as mágoas. E tento ser uma boa pessoa. Para os outros e para mim. Já sofri, já chorei, já achei que o mundo ia cair em cima de mim. Mas me dei conta que algumas dores só cicatrizam quando outras aparecem! Já liguei - e ligo - para escutar uma voz. Eu sou - tento ser - sincera, já provei do meu próprio veneno e sei o quanto ele é letal. Por isso procuro não lança-los em outras pessoas. Não é por bondade. Mas medo que ele respingue outra vez em mim. Insegurança, intensidade, imperfeição... Para alguns eu sou mais uma garota querendo ser ' a diferente', para outros eu sou a 'própria diferença.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

A rotina jamais me fará satisfeita porque eu tenho uma claustrofobia absurda de lugares e tempos. Estalo os dedos, batuco nos móveis, balanço freneticamente os pés. Preciso de ar. Falo o tempo todo porque o silêncio aumenta minha ansiedade, quero saber de tudo e conhecer todos os assuntos. Vou roer as unhas de esmalte vermelho e pintar meus dentes de nervoso, vou quebrar as janelas para respirar novos ares. Quero gritar mais alto que a música e destruir minha limitações. 


"...Só vejo beleza no que transborda e só me interesso pelo que ultrapassa. O comum não me comove, o banal não me toca. Porque eu gosto é do avesso e o contraditório é que me fortalece."

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Do cansaço recorrente e das poucas coisas de que tenho certeza, admito, assino e repito como um mantra: velha demais pra ilusões, nova demais pra desistir. O pensamento é turbulento, o coração é calejado, mas o fim da linha é um sonho alcançado e a ousadia é a força motriz, e eu sei que não teria paz um minuto sequer na vida se desistisse de acreditar e seguir assim. É assim que vai ser. Pra maldizer a distância e desmentir a rotina, a gente vai preferir o fim e o início de cada dia, assim, em par. Pra provocar o tédio, desafiar a constância, pra garantir um bom dia quando o dia seguinte chegar.



terça-feira, 22 de abril de 2014

Smile

Aqui na minha boca a saudade virou um brinquedo perigoso e estou tentando deixá-la fora do jogo. Eu tenho outras maneiras de sentir a vida batendo no meu rosto me fazendo sonhar. Um dia olhei para o céu e me vi dançando com a alegria banhada de nuvens soltas... E a partir daí o tempo foi se equilibrando na minha tempestade de sentimentos e por fim eu me vi feliz de novo...
A vida lá fora me chama, um grito que emudece as minhas cordas vocais exprimem a simplicidade de sentimentos contraditórios.Eu posso sentir o mesmo sorriso no canto direito dos meus lábios, o mesmo que nos unia formando um só sorriso, mas agora me vejo solta e percebo que a perfeição nunca nos acolheu, fico mais bonita tendo um sorriso só meu. 


Mesmo que dois olhares se cruzem novamente, os mesmos lábios jamais irão se encontrar, porque a sintonia dos corações não tocam para a mesma direção. 




Por enquanto eu estou aqui. Não necessariamente no mesmo lugar, pois dei algumas voltas, troquei a posição, troquei as flores, mudei de roupa. Mas estou na mesma área, pelo menos ainda resido no raio dos poucos quilômetros afetivos que me pertencia. 
Ainda estou aqui, sem demarcar fronteiras, cantando todas as canções e por acaso com o mesmo sentimento personalizado, ironicamente agora sentido, à prestação. Ainda tenho algumas edições de saudade, apenas algumas. Estou em fim de temporada, mas ainda resta uma sutil ilusão.

... Ainda estou, mas se eu for, é porque precisei me refazer e estacionar em outro lugar.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

O nada é o tudo

Às vezes para descansar da realidade eu idealizo sonhos e fico ali... Sozinha, pensando... Não que isso faça bem, muito pelo contrário, me dá preguiça de voltar a realidade. É vicioso. Para que tudo dê certo, eu preciso ir em frente e me jogar de cabeça. Mas ainda não estou pronta para o mergulho. E, também não quero que tudo venha de uma hora para outra, provavelmente eu me desesperaria e acabaria afogada em minhas próprias conquistas. Antes de beber da felicidade é preciso ter uma overdose de tristeza. Afinal, viemos do fundo... Do abismo marítimo mais profundo. Sou um peixe e não sei nadar. Sou humano e não sei viver. Sou feliz e não sei sorrir. Passamos a vida inteira aprendendo, fazendo, construindo, tudo em benefícios alheios... Tudo nunca é para nós. Nunca algo é eterno, somente o nada é eterno. E o nada é o tudo. Nós somos o nada e ainda não aprendemos a sermos eternos.