sexta-feira, 28 de junho de 2013

Aparentemente esses dias não seriam serenos. Almejei deitar descomprometida e deixar as horas passarem sem impedimento, ou quem sabe, me tomar pela ansiedade impertinente de querer pausar minha rotina. Pedi uns dias de descanso, e poderia até ter sido assim, mas acontece que meus planos correram livres da minha supervisão, e me faltou sono, e me faltou tempo, e me sobrou juventude, e respirei fundo, tomei mais uma dose, abracei forte as companhias, que como sempre, salvaram meus dias, meus porres, e a minha solidão.


segunda-feira, 24 de junho de 2013

Quando penso em tudo que já fiz, em todas as companhias que tive ao meu redor, em todos os sorrisos que dei de bandeja, em todas as gargalhadas que me escaparam, eu me emociono. Me emociono  verdadeiramente com essa minha coleção de tempo. Coisas que não voltam, e são marcas dos meus anos, dos meus dias gastos sofrendo, reclamando, aproveitando. Na verdade, me considero uma 'aproveitadora da vida', eu sempre mergulho nas condições que surgem ,sem dó, nem piedade. Porque se é pra rir que seja muito alto, se é pra chorar que seja constrangedor, se é pra amar que seja intenso, se é pra esquecer que seja prioritário. E se é pra viver, com todas essas extraordinárias condições, que seja intenso. Muito intenso.


sábado, 22 de junho de 2013

26 anos!

Ok ! Todo mundo sabe que odeio meu aniversário. Mas sabe o que é realmente incrível nisso tudo? Poder comparar uma vida tão breve com tantas possibilidades. Afinal, foram 26 anos pouco vividos, tão pequenos perto dos cabelos brancos do meu pai, das ironias da minha mãe. Me parece que não sei de nada, mas meus olhos são mais espertos do que eram ontem, e cada vez que descubro alguém, absorvo algo novo, e lá se vão minhas teorias. Não sei viver completamente, e é a única coisa que eu supostamente devia fazer, porém, se fosse pra saber de alguma coisa não teria nascido assim, tão ser humano. Eu me acho uma sortuda de poder encontrar diversas formas de ser pelo meu caminho, não consigo me definir, não acho ruim se há quem consiga, mas falando sério, tem que ter um ego muito grande pra afirmar com a maior certeza o que se é, inalteravelmente. "Sou assim e ponto final."  Um pouco triste perder essa coisa que a vida dá, de poder transformar ideias em diferentes modelos de interpretação e execução, já gostei de tanta gente, de tantas coisas, que se fosse me pedir pra escolher a melhor, eu provavelmente iria te dar uma resposta diferente em cada dia da semana. É, meu caro, tô no 'jeito inesperado do ser'. Sendo menos a lagarta, e muito mais as borboleta...

... por enquanto, né?


sexta-feira, 14 de junho de 2013

I've got no destination?

As vezes me sinto uma perdida que mal entende o que vê. Tem gente que é tão forte, e insiste em mim. Quando eu digo "lidar comigo é um exercício constante" algumas pessoas riem. Meus caros, se eu tivesse vocabulário para explicar, teria mais volumes que qualquer livraria, e menos sentido que Friedrich Nietzsche, e olha que eu tento. Tento mesmo. Ser menos relapsa, ver o lado bom de chorar, segurar a mão, e admitir - sou menor do que supunha ser. E é tão mais fácil repetir " não é nada, não é nada", e quando o meu mantra se resumir em omissão, estarei sem companhia. E isso, meu bem, não combina comigo. Eu sou do tipo que gosta que adivinhem, que gosta que se resolvam comigo, eu sou do tipo bem cretina, que acha que o mundo deveria compreender meu adorável silêncio. Ah o meu silencio, como é barulhento .  E isso, meu bem, não combina com você. Sabe, não é que eu me empenhe em te maltratar, mas acontece que a gente não acorda, toma um gole de café forte e simplesmente  muda de opinião. É um processo, hoje sou amena, uma conotação de conhecimento, mas não quero estabelecer quem sou, não quero definir esse meu "EU" , que já foram milhares de " EU's, no passar dos anos. E não sendo o suficiente, de tudo que me perturba, o que realmente dói é não ser nada parecida com suas projeções. E tem gente que é tão louca, mas tão doida, que insiste em mim.


quarta-feira, 22 de maio de 2013


"Zelo, por que gosto e zelo por aquilo que não se nota. Rezo pra que meu pesadelo esvaia como o vazio que outrora fora cheio. Em meu devaneio, leviano como só ele pode ser, agouro de belas flores mortas. Tortas portas que entro para sair do centro da atenção de quem odeio. Zelo pela angústia que me traz o pensar vil, e o desvelo que tenho em receber elogios que tão pouco são para mim. O titubear demente do doente que de ciúmes da mente, o pulso abriu. E espera impassível e ávido aquilo que para muitos seria o fim. Zelo pela cura e pela dor, pois uma sem a outra não vive. E crivo meus dedos no escárnio social e bestial da indiferença. Na crença do poder através de luxuria, ganância, intolerância do que não tive, nunca terei, pois sordidez maior só há em quem ostenta e acredita na diferença. Zelo pelo o amor elevado e pela culpa predestinada, a quem tem, menos sina, menos oportunidades, menos vida. Afortunada vida. E choro pela melancólica canção que ao seu término sempre se diz, amém. Mas corre também o rumor que para tudo que foi feito pela entrada, há sempre uma saída. E zelo por fim, por mim mesma, um ser triste e que meramente existe. A cada tropeço me esqueço que posso me erguer, levantar sozinha.E por isso, me acho, por vezes, no chão e sinto noite no mais estonteante clarão. Mas se o escuro sempre há de existir não creio que meus cuidados sejam em vão, Sinceramente, acho que não."



quinta-feira, 2 de maio de 2013

Let´s Play a song - Slipknot - Duality

"Enfio meus dedos nos meus olhos é a única coisa que faz a dor parar. Mas é feito de todas as coisas que tenho que aguentar. Jesus isso nunca acaba, te corroe por dentro e se a dor continuar? Eu já gritei até minhas veias explodirem. Esperei o tempo passar. Agora tudo que eu faço é viver com esse destino. Eu desejei isso, reclamei daquilo. Deixei pra trás um pequeno detalhe. Você não pode matar o que você não criou. Tenho que dizer o que tenho que dizer e depois juro que vou embora, mas não posso prometer que você vá gostar desse barulho. Acho que vou deixar o melhor pro final. Meu futuro parece um grande passado. Você riu de mim, porque não me deixou escolha. 
Me refaça ou separe a pele do osso. Me deixe em todos os pedaços e depois pode me deixar sozinho. Me diga que a realidade é melhor que o sonho.... Mas eu descobri do pior jeito que nada é como parece. Tudo que eu tenho é insanidade!" Slipknot - Duality

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Eu já estive diante de todo o mal que pude suportar. Então não tenho medo de mais nada. Ontem apenas meus olhos foram furados e dilacerados pela gana de ser feliz, aquele que me segue, não se perdeu, e não pode entender a minha desorientação. Na minha mente, imaginando o que vou ouvir, eu estive diante dos erros cometidos, e pela minha fé inabalável, eu quis ser suficiente e merecedora da mão que me acolhia, eu quis que fossem limpas e puras, que não me soltassem, e enquanto havia força, escolhia indubitavelmente acreditar. Eu estive diante de falhas que me perdoei generosamente, e aqueles (poucos) que ouviram meus desabafos, não poderiam saber dos motivos que me cativaram à apostar minhas fichas numa mudança, mas agora sou outra pessoa e eu preciso dar o meu melhor, mesmo se a troca nunca acontecer. 
Estou saindo ilesa dessa gaiola de 'poréns', e aqueles que já não me aliviam, e que não acreditam na minha mudança, são males que não vieram para o bem. Sal grosso, arruda... vou me benzer.


sexta-feira, 26 de abril de 2013

I need release

E então, a gente passa uma noite inteira chorando e percebe que o motivo pra isso nem existe mais. É meio que um vício nessa coisa de sofrer, de embebedar as causas perdidas. E surge uma amnésia alcoólica que faz as músicas depressivas ganharem magicamente mais sentido, e a gente pode criticar os filmes de amor sem peso na consciência. Depois que acordar sentindo aquela ressaca emocional, nem vai se dar conta que bebeu tudo aquilo sozinha, ninguém disse: "vc vai se ferrar na vida" - a gente gosta de inventar cada dor viu?
É que ser feliz assusta.


sábado, 20 de abril de 2013

Ontem, votando do trabalho, da janela do carro, fiquei olhando o céu. Muito piegas isso, mas fiquei. E me lembrei de  você. De quando te conheci... É aquele tempo agradável sabe? Quando a brisa fica gelada, e mesmo se você deitar embaixo do sol, só esquenta de leve, uma sensação bem gostosa. É praticamente um 'abraço da tarde' em você. Então, dá aquele arrepio de frio, mesmo embaixo do sol, e enxergamos tudo meio azul, bem fraquinho, porque a claridade insiste em fazer os olhos fecharem, é um aviso para descansar o corpo, a mente, e a alma. Pensei no nosso domingo, pensei mesmo, assim do nada. Pensei na nossa preguiça, na vontade de não levantar e ficarmos ali, só conversando, estirados no nosso tédio incompreendido. Lembrei de como eu queria ficar o dia todo sem planos, te olhando, e te beijando vendo seus olhos fechados, porque não basta namorar, tem que ser brega ao extremo, tem que fazer contato físico peculiar. Me deu uma saudade, da brisa gelada, da claridade e das tuas costas dos seus antebraços, que eu sempre puxo (às vezes de leve, às vezes não) quando estão em volta de mim. Acho que isso tudo é pra te dizer que eu tô aqui, sofrendo por antecipação. Parece drama, afinal, o que são 30 dias? O que são 720 Horas? O que são 43.200 Minutos? O que são 2 milhões e 592 mil segundos? Isso é só meu mundo parando, meu mundo sendo levado numa bagagem e por alguns instantes, em estado de criogenia. Não tô desmerecendo sua agonia, mas... meu querido, pra quem vai é sempre pior. E eu sou adepta à ter um vício pra dramatizar que vc conhece bem hahaha.., até a Televisa invejaria meu drama,mas, que culpa eu tenho, se o que eu mais sei fazer na vida é sentir saudade?





domingo, 14 de abril de 2013

Depois de tantas buscas, encontros, desencontros, acho que a minha mais sincera intenção é me sentir confortável, o máximo que eu puder, estando na minha própria pele. É me sentir confortável, mesmo acessando, vez ou outra, lugares da memória que eu adoraria que fossem inacessíveis, tristezas que não cicatrizaram, padrões que eu ainda não soube transformar, embora continue me empenhando para conseguir.


domingo, 31 de março de 2013

Eu tenho pressa...

Aquela urgência de me jogar, de estar aqui sem saber das razões, de ser algo além de limites, de não explicar o que se passa no exterior, de ser interior sem medo, de não saber a hora de parar, de temer sem hesitar, de sofrer danos sem arrependimentos, de cicatrizar aprendendo, aquela urgência, sabe? Quase que dilacerante, de viver...


 "A vida é agora, aprende."  Caio F.Abreu