terça-feira, 15 de outubro de 2013


2 da manhã e ele me liga, porque eu ainda estou acordada. A pergunta:" Você poderia me ajudar a  solucionar meu ultimo erro?" . Eu não o amo, o inverno não era exatamente minha estação preferida. Nós passamos pelas portas que ele escolheu, suas atitudes são tão acusadoras e estão em seus olhos. As pessoas falam ,como se eles tivessem algum direito de criticar, hipócritas, vocês estão todos aqui pela mesma razão. 
A vida é como uma ampulheta colada na mesa, ninguém consegue achar o botão para voltar atrás. Então coloque a mão na sua consciência. E respire. Há uma luz no final de cada túnel, você grita porque o seu lado bom está tão longe aí dentro, e é como se nunca fosse sair. Esse erros que você cometeu, você vai comete-los de novo, se continuar persistindo naquilo que você não é. 


2 da manhã, e eu ainda acordada escrevendo. Se puser tudo em um papel, a dor não estará mais dentro de mim. Ameaçando a vida a qual ele pertence eu  me sinto nua diante da multidão. Porque essas palavras são meus pensamentos gritando bem alto, e eu sei que você vai usá-las como quiser.


segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Confesso que busco muitas coisas. Mas meu foco maior é pela sobrevivência de atos felizes. Nem que seja para conservá-los na memória. Não sei sobre você, mas eu tenho uma coleção de ideias e a maioria delas sem serventia. Tenho também uma safra de metas anotadas em um caderninho que esperam o dia seguinte para acontecer. Frequentemente divago, faço estorvo na minha paciência que é sempre apressada. Nessa aventura diária insinuo para a minha civilidade embora eu permaneça guardada em minha solidão.
Sigo assim e não aceito a dureza e a escassez embora quase tudo que sonhei ainda não encontrou tempo para acontecer. Sinceramente apego-me ao contraponto da realidade afirmando que o amor é contravenção, loucura, tarja preta para realizar sonhos e a vida é apenas um aviso prévio, insinuando que a felicidade tem que ser pra hoje



domingo, 25 de agosto de 2013

Sumiço

Sumi, porque não sei mais verbalizar. 
Desaprendi a começar uma frase, desacostumei a falar de mim. Tudo mudou, eu mudei daqui, desapeguei de dentro para fora, já não sei escrever para me (des)culpar, e hoje sou cabível na simplicidade de ler. Leio todas as pessoas que conheço, aprendi a beleza de escutá-las e nessa minha reclusão, pouco falo, muito observo, e de tudo - um pouco- vivo. Sumi daquilo que eu sabia de cor, dos meus gostos e amores, cai em desorientação, surtei sem pesos e medidas, e me isolei dos que supunham me saber. Quem diria que depois de alguns anos, nossas maiores intimidades dissipariam-se em frases curtas, frases de cansaço."Eu tô legal", nunca fez sentido nessa relação, mas quem diria que depois de alguns anos o drama iria ter tamanha proporção? E que depois de ter companhia, nenhuma saudade resistiria a solidão?



sexta-feira, 12 de julho de 2013

Fear

A estranha, mas conhecida sensação, me invade. O tom é vermelho e o pensamento não é coordenado. Tudo ao meu redor rodopia, gira lentamente, sinto medo. Fecho os olhos e tento me concentrar mas a roda gigante não para e em alguns momentos está em câmera lenta. O coração bate devagar e compassado parece pedir :"Não tenha mais medo". Aos poucos me equilibro e o raciocínio volta, tomo ciência do que acontece, e as vozes na minha cabeça estão distantes, mas mais altas. Enfim o equilíbrio, a razão, a esperança e retomo a consciência, percebo, entrevejo. O , não tão, desconhecido me invadiu e eu não tenho mais medo.


quarta-feira, 10 de julho de 2013

Anos de azar

Me tornei pedante. Irritante à mim mesma. Ficar sem sofrer, essa definitivamente não é a minha, meu negócio é brincar com a sorte, é correr atrás das pegadas de minhas dores, segui-las, lembrá-las, revivê-las. Tem dias que me olho só de canto, e me pego no flagra de mais uma recaída, já estou ficando calejada dos erros e de todas as consequências de ser previsível. Tem gente que coleciona selos, mas eu gosto mesmo é de colecionar antigos pedaços de mim. Quebro um espelho por dia, piso nos meus cacos, guardo meus estilhaços, pra ter azar, pra ter sempre muito azar.



... azar o meu ter tanta sorte?

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Aparentemente esses dias não seriam serenos. Almejei deitar descomprometida e deixar as horas passarem sem impedimento, ou quem sabe, me tomar pela ansiedade impertinente de querer pausar minha rotina. Pedi uns dias de descanso, e poderia até ter sido assim, mas acontece que meus planos correram livres da minha supervisão, e me faltou sono, e me faltou tempo, e me sobrou juventude, e respirei fundo, tomei mais uma dose, abracei forte as companhias, que como sempre, salvaram meus dias, meus porres, e a minha solidão.


segunda-feira, 24 de junho de 2013

Quando penso em tudo que já fiz, em todas as companhias que tive ao meu redor, em todos os sorrisos que dei de bandeja, em todas as gargalhadas que me escaparam, eu me emociono. Me emociono  verdadeiramente com essa minha coleção de tempo. Coisas que não voltam, e são marcas dos meus anos, dos meus dias gastos sofrendo, reclamando, aproveitando. Na verdade, me considero uma 'aproveitadora da vida', eu sempre mergulho nas condições que surgem ,sem dó, nem piedade. Porque se é pra rir que seja muito alto, se é pra chorar que seja constrangedor, se é pra amar que seja intenso, se é pra esquecer que seja prioritário. E se é pra viver, com todas essas extraordinárias condições, que seja intenso. Muito intenso.


sábado, 22 de junho de 2013

26 anos!

Ok ! Todo mundo sabe que odeio meu aniversário. Mas sabe o que é realmente incrível nisso tudo? Poder comparar uma vida tão breve com tantas possibilidades. Afinal, foram 26 anos pouco vividos, tão pequenos perto dos cabelos brancos do meu pai, das ironias da minha mãe. Me parece que não sei de nada, mas meus olhos são mais espertos do que eram ontem, e cada vez que descubro alguém, absorvo algo novo, e lá se vão minhas teorias. Não sei viver completamente, e é a única coisa que eu supostamente devia fazer, porém, se fosse pra saber de alguma coisa não teria nascido assim, tão ser humano. Eu me acho uma sortuda de poder encontrar diversas formas de ser pelo meu caminho, não consigo me definir, não acho ruim se há quem consiga, mas falando sério, tem que ter um ego muito grande pra afirmar com a maior certeza o que se é, inalteravelmente. "Sou assim e ponto final."  Um pouco triste perder essa coisa que a vida dá, de poder transformar ideias em diferentes modelos de interpretação e execução, já gostei de tanta gente, de tantas coisas, que se fosse me pedir pra escolher a melhor, eu provavelmente iria te dar uma resposta diferente em cada dia da semana. É, meu caro, tô no 'jeito inesperado do ser'. Sendo menos a lagarta, e muito mais as borboleta...

... por enquanto, né?


sexta-feira, 14 de junho de 2013

I've got no destination?

As vezes me sinto uma perdida que mal entende o que vê. Tem gente que é tão forte, e insiste em mim. Quando eu digo "lidar comigo é um exercício constante" algumas pessoas riem. Meus caros, se eu tivesse vocabulário para explicar, teria mais volumes que qualquer livraria, e menos sentido que Friedrich Nietzsche, e olha que eu tento. Tento mesmo. Ser menos relapsa, ver o lado bom de chorar, segurar a mão, e admitir - sou menor do que supunha ser. E é tão mais fácil repetir " não é nada, não é nada", e quando o meu mantra se resumir em omissão, estarei sem companhia. E isso, meu bem, não combina comigo. Eu sou do tipo que gosta que adivinhem, que gosta que se resolvam comigo, eu sou do tipo bem cretina, que acha que o mundo deveria compreender meu adorável silêncio. Ah o meu silencio, como é barulhento .  E isso, meu bem, não combina com você. Sabe, não é que eu me empenhe em te maltratar, mas acontece que a gente não acorda, toma um gole de café forte e simplesmente  muda de opinião. É um processo, hoje sou amena, uma conotação de conhecimento, mas não quero estabelecer quem sou, não quero definir esse meu "EU" , que já foram milhares de " EU's, no passar dos anos. E não sendo o suficiente, de tudo que me perturba, o que realmente dói é não ser nada parecida com suas projeções. E tem gente que é tão louca, mas tão doida, que insiste em mim.


quarta-feira, 22 de maio de 2013


"Zelo, por que gosto e zelo por aquilo que não se nota. Rezo pra que meu pesadelo esvaia como o vazio que outrora fora cheio. Em meu devaneio, leviano como só ele pode ser, agouro de belas flores mortas. Tortas portas que entro para sair do centro da atenção de quem odeio. Zelo pela angústia que me traz o pensar vil, e o desvelo que tenho em receber elogios que tão pouco são para mim. O titubear demente do doente que de ciúmes da mente, o pulso abriu. E espera impassível e ávido aquilo que para muitos seria o fim. Zelo pela cura e pela dor, pois uma sem a outra não vive. E crivo meus dedos no escárnio social e bestial da indiferença. Na crença do poder através de luxuria, ganância, intolerância do que não tive, nunca terei, pois sordidez maior só há em quem ostenta e acredita na diferença. Zelo pelo o amor elevado e pela culpa predestinada, a quem tem, menos sina, menos oportunidades, menos vida. Afortunada vida. E choro pela melancólica canção que ao seu término sempre se diz, amém. Mas corre também o rumor que para tudo que foi feito pela entrada, há sempre uma saída. E zelo por fim, por mim mesma, um ser triste e que meramente existe. A cada tropeço me esqueço que posso me erguer, levantar sozinha.E por isso, me acho, por vezes, no chão e sinto noite no mais estonteante clarão. Mas se o escuro sempre há de existir não creio que meus cuidados sejam em vão, Sinceramente, acho que não."



quinta-feira, 2 de maio de 2013

Let´s Play a song - Slipknot - Duality

"Enfio meus dedos nos meus olhos é a única coisa que faz a dor parar. Mas é feito de todas as coisas que tenho que aguentar. Jesus isso nunca acaba, te corroe por dentro e se a dor continuar? Eu já gritei até minhas veias explodirem. Esperei o tempo passar. Agora tudo que eu faço é viver com esse destino. Eu desejei isso, reclamei daquilo. Deixei pra trás um pequeno detalhe. Você não pode matar o que você não criou. Tenho que dizer o que tenho que dizer e depois juro que vou embora, mas não posso prometer que você vá gostar desse barulho. Acho que vou deixar o melhor pro final. Meu futuro parece um grande passado. Você riu de mim, porque não me deixou escolha. 
Me refaça ou separe a pele do osso. Me deixe em todos os pedaços e depois pode me deixar sozinho. Me diga que a realidade é melhor que o sonho.... Mas eu descobri do pior jeito que nada é como parece. Tudo que eu tenho é insanidade!" Slipknot - Duality